livro de caráter dinâmico, voltado a um público juvenil, "até que a morte nos ampare" trata de tema polêmico sem estereótipos e de forma leve.
recomendo!
livro de caráter dinâmico, voltado a um público juvenil, "até que a morte nos ampare" trata de tema polêmico sem estereótipos e de forma leve.
recomendo!
leonardo sakamoto, na plataforma uol, deu a letra:
"Um spoiler para o pessoal do Sul-Sudeste maravilha: se a Amazônia virar um grande deserto -- sim, há um processo de desertificação em curso -- a vida por aqui, como a conhecemos, também acaba. Porque parte da umidade da Amazônia é que mantém a vida aqui [com os rios voadores]. (...) Matamos o inverno e o verão no Sudeste, só tem calor: em uma parte do ano com poluição outra com tempestades que trazem apagões de energia. Consumimos desenfreadamente madeira, minério, carne e energia da Amazônia sem calcular o impacto disso. Lançamos poluição pelos escapamentos e fábricas daqui. Está quente e difícil de respirar? Mas vai piorar, e muito. Por quê? Porque a gente fica apontando o culpado como alguém distante, quando o culpado de tudo isso também está no espelho."
veja mais sobre texto de sakamoto no uol - clica
olhem, votar direito significa, hoje, apoiar as plataformas (partidos) que defendem a natureza; a ciência e a educação, pra ficar só em três pontos. é menos que o básico, eu sei, mas dar valor ao ambiente e entender que tragédias como as do sul e queimadas (2024) são culpa sim do ser humano -- isso é fundamental para ir à urna e fazer valer os neurônios que nos restam. votar pela vida!
é sério! vai piorar se não houver o fim do desmatamento, tanto na amazônia, como no pantanal. é sério: região sudeste vai sufocar e nem racionando água resolverá. é sério!
relê as duas últimas linhas do texto de sakamoto. para que o culpado saia do espelho e se redima, só tem um jeito: votando consciente.
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o artigo é de 2023 mas está valendo! clica pra saber mais sobre amazônia
"bala que ficou para trás" é minha nova narrativa curta -- alguns chamam de "conto" -- envolvendo o casal apaixonado emília e iracema.
uma delas recebe um bilhete com texto poético e, talvez, trágico -- que as leva até a cidade de santos. lá, elas vão buscar clarear o mistério.
sim, tem pagu nesse angu.
* clique aqui e consiga seu livro! *
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saiba mais sobre o que publico clicando na aba "meus livros" no topo do blog
umidade relativa do ar cai a números críticos; incêndios nas matas, especulação imobiliária, crise climática; violência... a lista é enorme.
para quem quer mesmo vida menos sofrida, a esperança mora nestas próximas eleições, 2024. isso mesmo.
reconhcer grupos políticos -- partidos -- que valorizam a natureza; a ciência; respeito às diferenças e, claro, educação básica.
pesquise em sua cidade quais são os partidos com essas pautas e outras afins, como combate ao racismo, valorização da agricultura familiar, apoio a pequenas empresas, fontes energéticas renováveis, inclusão social etc...
reconheça esses grupos.
anote os números desses candidatos e candidatas.
vote! participe!
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três links para ajudar !
encontrar programas de governo
joão rubinato faz cento e quatorze anos, neste 2024. joão era o nome de pia. contudo, foi mais conhecido como adoniran barbosa. o primeiro nome vem de seu melhor
amigo e o sobrenome, uma homenagem ao cantor luiz barbosa. "saudosa
maloca" é um dos sucessos de adoniran. nascido na região de valinhos, s paulo, o compositor fez parceria com o grupo "demônios da garoa", mas
sua canção fica mesmo gravada no apelido do torcedor corintiano, o maloqueiro e sofredor. adoniran e corinthias são de 1910. olhem, se você que me lê não sabe o que é "maloca",
não sou eu quem vai explicar. se não sabe quem foi adoniran, aí precisa
nascer outra vez. o clube do parque são jorge também fez 114 anos, em 2024. gente como gilmar
(goleiro), rivellino (meia), gabi portilho (atacante) sócrates (meia-atacante), tamíres (ala) ou ronaldo (atacante)
foram campeões jogando pelo clube.
joão rubinato é falecido (1982). adoniram fica pra sempre.
conheci murilo serediuk em 2024, começo do ano. valinhos, s paulo. ele, torcedor do guarani e eu, pontepretano, receita quase perfeita pra rusgas e piadas tortas. não foi.
terminou? não.
corria o mês de agosto de 2024. por uma rede social, vejo que murilo rabiscou o braço com força e publicou.
eu adorei. mandei um "dez" pra arte dele. daí que veio isso.
não tem como não amar pessoa assim.
mesmo sendo bugrino.
vale a pena conhecer o complexo "fama museu", em itu
nele, há também o espaço para réplicas de aeronaves de santos dumont, assim como o ateliê do artista plástico eduardo kobra!
numa de suas coleções, há releitura de obras clássicas, de leonardo, vermeer, magritte, portinari, dentre outras.
José P Paes 1926-98
C E I A
Pesca no fundo de ti mesmo o peixe mais luzente.
Raspa-lhe as escamas com cuidado: ainda sangram.
Põe-lhe uns grãos do sal que trouxeste das viagens
e umas gotas de todo o vinagre que tiveste de beber
na vida
Assa-o depois nas brasas que restem em meio
a tanta cinza
Serve-os aos teus convivas, mas com pão e vinho
do trigo que não segaste, da uva que não colheste
mas que de alguma forma foram pagos
em tempo ainda hábil
pelo teu muito suor e por um pouco do teu sangue
Não te desculpes da modéstia da comida
Ofereceste o que tinhas de melhor
Podes agora dizer boa-noite, fechar a porta, apagar a luz
e ir dormir profundamente.
Estamos quites
tu e eu, teu mais hipócrita leitor
[ prosas seguidas de odes mínimas, 1992 ]
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poesia que encerra a primeira parte do livro "prosas seguidas de odes mínimas", 1992.
são duas as partes, a saber: "prosas" com vinte textos e "odes mínimas", 13 poemas.
esta "ceia" evoca uma ideia de finitude. tem marca bíblica sim, do novo testamento. o catolicismo aparece em outros poemas, como "ao shopping center" e "a um recém-nascido", por exemplo.
aqui, numa paráfrase da refeição clássica de cristo, o eu lírico (um leitor bíblico) se dirige a jesus: pede a ele que use peixe na ceia. uma atividade trivial que humaniza um tanto a figura divina. sabe-se que, no original do novo testamento, não havia peixe. é uma interferência do poeta.
a presença da morte, no eufemismo "dormir profundamente" também traz o filho de deus para mais perto.
"dormir profundamente" lembra manuel bandeira e seu "profundamente".
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saiba mais
[ criação de c h carneiro via i. a. ]
corria o ano de 2006, valinhos, s paulo.
tinha aulas duplas, literatura, e a ferramenta mais usada para o trabalho era a garganta. giz e livro didático estavam valendo também. neste ano, fui cicerone de filosofia. isso: também dei aula, baseado no belíssimo livro de marilena chauí, volume único, cujo capítulo inicial era sobre filme "matrix". demais de bom também.
esta sala, registrada na assinatura do checão, era o 2-1mA1: "2" era ensino médio; "1" era primeira série; "m" para período da manhã; "a" para currículo em português e "1" o número da sala mesmo.
e de onde veio essa sanha pelo milhão? durante as aulas, era comum eu oferecer um milhão de dólares para quem respondesse xis pergunta do livro ou que eu inventasse como desafio. puro jargão bobo.
eis que fim do ano, recebo um mimo. baita mimo. puta presente!
não consigo achar o cheque aqui, juro, mas, na época, fiz fotos. praticamente todo mundo rabiscou nele, ficou parecendo que tava sem fundo...
eles mandaram essa:
[ criação por carlos h carneiro em i. a. ]
pessoas, fiz este texto em 2008, achei que podia colocar aqui, então vai.
gente, vale a pena comparar rosa e machado? paulinho da viola e noel? mário faustino e joão cabral? carolina de jesus e conceição evaristo? zico e sócrates? mano brown e emicida? porsche e ferrari? feijoada e caipirinha?...
numa pesquisa publicada em maio de 2008, a mesma folha de s paulo fez crer que o escritor preferido do grande público era monteiro lobato, seguido por paulo coelho e jorge amado. três escritores diferentes demonstram que o leitor brasileiro lê de tudo, menos os livros do sarney, mas isso já é outra estante.
gonçalves dias fez um sabiá voar pelos versos do hino nacional, assim como em "sabiá", naquele festival internacional da canção, em 1968. o poema do maranhense dias é publicado em 1843, trata de sentimento nacionalista, a questão do exílio, a saudade... o brasil de 1968 era de um tempo terrível. chico e tom compuseram e cantaram "sabiá", tristíssima, um contra-hino, merece lembrança sempre. eles cantaram mesmo debaixo de vaia, com aquelas burocráticas cynara e cybele.
tom e chico, pra mim, equivalem a esta dupla da foto, gilmour e bush. sério. acho isso mesmo...
olhem, já no final dos anos 1970, só a tevê cultura, aqui por são paulo, passava
"clips" musicais. era o tv2 pop show. o que mais me
chamou atenção, pra sempre, foram duas imagens: o police, em
"every breathe you take", e a também inglesa kate bush, uma
descoberta de david gilmour. agora, os três temperamentais do "police" até
que se reuniram e passaram pelo rio de janeiro, em 2007, mas kate, já não sei mais por onde canta, se é que.
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veja "sabiá" - tom e chico - no festival internacional da canção
veja "police" - preto e branco minimalista
veja kate bush e david gilmour nos anos 1980
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crônica dedicada ao amigo wilton marques -- professor e apaixonado por gonçalves dias
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livro "gonçalves dias -- poeta na contramão"
há dois filmes marcantes, na linha da necessidade de superação, quer seja ante a máquina ou diante de opressores de carne e osso. um é "tempos modernos" (chaplin), 1936. outro, é "sindicato de ladrões" (on the waterfront), 1954, com o impagável marlon brando em seu melhor papel. a tradução, em português, ficou uma bomba, mas reina mesmo por aqui mania de destruir os títulos originais.
brando faz terry maloy, irmão de um alto escalão na máfia portuária, mas que,
desde o início da narrativa, se mostra sensível. câmera em movimento, apelo à
trilha sonora e belíssimo figurino, "sindicato..." tem a seu favor,
não só a boa mão do diretor elia kazan, mas a denúncia da época do macartismo.
parte do filme se passa no alto de um prédio, local de criação de
pombos-correio, viveiro pertencente ao operário morto no início. simbólico o
momento em que, após denunciar seus opressores (ex-amigos da máfia
sindical), maloy (brando) volta ao prédio e vê os pombos que cuidara com
carinho esfacelados pelo viveiro. maloy cuidava deles e, pelo que se nota,
parecia querer compensar sua participação no assassinato de seu dono. no
meio da história, maloy comentara : "vidão levam esses pombos,
heim?... comer, dormir..." mas os pombos, presos, estavam condenados,
assim como ele, que era lutador de boxe e teve de perder lutas para que seu
irmão e outros gângsters ganhassem apostas.
imperdível e aula de interpretação, tanto de brando como do padre que, literalmente, se converte à causa da justiça social.
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um dos pilares da desmotivação de professores e professoras, por aqui, é a percepção de que se está aprisionado em um sistema "fordista" de trabalho em sala, ou seja, a divisão sumária do processo de ensino em categorias engessadas de aulas, como "matemática", "gramática", "geografia" etc... ou seja, para cada educador, só resta a tarefa de reproduzir o material didático sem poder se voltar também a temas atuais (racismo, política, preservação da natureza, homofobia, interrupção de gravidez etc) -- mesmo que relacionados à matéria -- sob pena de atraso no conteúdo. é triste.
sobram poucas opções:
1. reconsiderar o número de aulas por matéria (melhora até planejamento)
2. rever o material didático
3. união com outras áreas para lidar com atualidades
4. chorar
olhem, no limite, também é possível propor tarefas extraclasse aos estudantes envolvendo aqueles temas citados que geralmente ficam de fora da sala por conta desse aprisionamento de agenda e conteúdo. na verdade, há também um conservasdorismo em muitas cabeças diretivas que, deliberadamente, excluem esses conteúdos (cidadania etc) para agradar famílias muito conservadoras.
para isso, necessário é uma sintonia afinadíssima com a coordenação pedagógica.
e você, o que acha?
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clica nos links abaixo
a escola e a rua - outro texto sobre o tema
leituras que podem ajudar - clica
romance da fase final da vida literária de eça de queiroz (1845-1900), "a ilustre casa de ramires" propõe uma espécie de paráfrase -- com algum humor -- para a trajetória política e econômica de portugal, desde a idade média, até o século 19.
personagem central, gonçalo mendes ramires, é o último fidalgo descendente de uma geração de ramires que sempre estiveram próximos da nobreza lusitana.
ao final, o próprio joão gouveia, personagem, afirma que gonçalo é a representação de portugal.
por que injustiçado? porque leitores e leitoras do século 21 têm pressa. livros do século 19 -- em prosa -- não se encaixariam nessa ansiedade das gentes do tal século.
há muitas descrições ? sim. isso torna a narrativa lenta ? sim!
e o que fazer ? ler com calma. agora, se ficar insuportável, basta deixar de lado e procurar outra horta. nçao tem jeito. se quiser, pode ver o vídeo que fiz sobre o livro, logo aqui baixo.
olhem, é cultural da época, é do estilo do fim do século e início do séc 20, a narrativa lenta. está em dostoyevski, está em aluísio azevedo, raul pompeia, euclides da cunha, julia lopes... porque naquele tempo, predominava o determinismo, aquela tendência filosófica que acreditava ser o homem um escravo dos instintos e fruto do meio em que vivia. logo, fazia sentido o descritivismo de ambiente e de pessoas, o figurino, tudo, para poder justificar as ações dos personagens.
saiba mais sobre o livro no vídeo abaixo
a plataforma "carta campinas" me convidou para uma conversa. foi ótima!
com glauco, miguel e luís parra trocamos ideias e compartilhamos algumas angústias.
os temas? política, educação e literatura.
se gosta, vale pena ir ao canal deles -- ytbe clique aqui -- e ver toda a conversa que durou mais de uma hora!
se preferir, fiz uma edição resumida, aqui, é só clicar.
vejam esta:
abaixo, do realismo até século 20
[ dante e gérion -- ilustração: carlos h carneiro -- via i.a. ]
aqui no sudeste faz frio, venta, multiplicam-se galhos e folhas pela rua. roteiro que lembra um livro lá de florença, itália. é junho.
no caminho, inferno a dentro, o poeta dante sente arrepios de pavor diante de
despenhadeiros, rios de fogo, poços fumegantes, fora a chance de ser morto por
um centauro imenso. é "a divina comédia", lá do século 14.
não há centauros, lá fora, mas o barulho do vento pela
janela incomoda. há notícia de pessoas sem casa ou sem teto. bueiros entupidos, árvore sobre carros e carros boiando em alagamentos. no rádio toca "meu santo tá
cansado" (o rappa). qual saída?
para dante, poeta virgílio o aconselha abraçar-se a gérion, um monstro, meio gente, meio
réptil, e assim poder passar de uma parte a outra, na busca de sair do inferno. ou seja, abraçar-se ao terrivelmente mau paa ter um pouco de paz...nesse caso, é literatura que fala?
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um pouco mais sobre "a divina comédia"
dizem que terapia é exercício para cérebro, mas nos últimos tempos tem sido mais que isso. pra começar, não caio na armadilha do "corpo e alma", como se uma coisa existisse por si só, separada dessa outra (anima) sem forma nem definição. fim da idade média. o humano, desde aristóteles, é animal racional e, aí, já entramos noutro problema com palavras. por que só ele o racional? uma coruja elabora seu trajeto até o ninho, depois até a presa, prepara seu vôo, ataca, enfim, está usando algum tipo de lógica, seu insitinto, digamos, racional. qualquer bicho articulado (com exceção do macunaíma) elabora, pensa e age de acordo com seu meio também, mesmo que seja para mudá-lo, como os castores e os humanos. pensar não dói.
olhem, tanto lou marinoff quanto marc sautet defendem o
bem-estar do homem pela fiolosofia. se ainda não conhece, deveria ler
"mais paltão, menos prozac", do primeiro, e "um café para sócrates", do segundo.
[ centro de ciência da luz ]
sim, tem novo livro saindo.
depois de "abolição via vargas", em 2021, agora vem "letra líquida".
estou com a editora viseu, desta vez. trabalho claro, acolhedor e desperta confiança.
bom, qual é a história?
narrador e amigo se vêem ligados a uma moça chamada moema. século 21. por um tempo, os três moram juntos, depois descobrem que a tal moça, na verdade... olhem, vou colocar um trecho:
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(...)
O começo de tudo foi assim: a igreja de Nossa Senhora d’Ajuda, abençoada e abraçada por Manuel da Nóbrega, o padre, é do século 16 também. Bahia. (...)
A região do Arraial é repleta de lendas que envolvem o tema da água que
jorrou para fiéis católicos. Água. E Moema, em sua alegre depois triste história
morreu onde? Na água. Guarde isso, vai servir, no fim da história.
Olhem, quando acontece um restauro de parte da igreja, lá no século 18, encontraram um pequeno baú de carnaúba, num buraco, feito uma vala, colado ao altar, sob o piso. Nele, havia panos velhos, rolos de papel esfarelento, uma moeda e pedaço de um quadro, em madeira, que parecia uma santa católica meio travestida de índia. Uma tupinambá.
[ letra líquida, ed viseu -- no prelo ]
não vou contar tudo, óbvio. aguardem!
vou avisar por aqui e no instagram: @carneiro_liter quando o livro estiver no ar! vai ser este ano de 2024!
quando : início do século 20
quem : augusto machado e gonzaga de sá
romance em 1a. pessoa: augusto machado
personagem central : manuel joaquim gonzaga de sá
por que ler: livro publicado em 1919 discute realidade brasileira pós-império, no rio de janeiro; expõe males da eugenia e escancara abismo que separa pobres daqueles que têm poder... e é obra do lima barreto
conflito: diferença de classe
veja o que falei do livro neste vídeo
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o que é seu, fica nos livros. a frase é minha mesmo, pode aparecer em alguma publicaçao, de repente… depende de muita coisa, mas a frase é boa.
nicolau é o nome de hoje. polônia, maio de 2010, pois que finalmente fizeram enterro oficial dele, o nicolau copérnico (1473-1543), chamado pai da astronomia. não é bem certo, talvez melhor ser tataraneto, porque os gregos, os egípcios ou os incas já faziam muitas coisas bem antes de nicolau, mas como tudo na vida é marketing, alguém ficou dizendo que ele era o pai, então tá.
o polonês,
além da formação em matemática, também estudou medicina e foi ordenado padre. a questão, para quem não sabe, é que nunca se conheceu, ao certo, o local, na
igreja, onde estaria o corpo do matemático. ele estaria na catedral de frombork,
junto a dezenas de outras pessoas, sem identificação precisa, desde o século 16. então, fuçando
em algumas ossadas e combinando com dna encontrado num livro que ele manuseava
– havia fiapo de cabelo nele –, chegou-se a uma conclusão: alguns ossos
encontrados, em 2010, na catedral de frombork, polônia, eram mesmo de copérnico.
o que era dele, tinha ficado nos livros.
beto guedes tudo que move é sagrado é o primeiro verso da canção "amor de índio", parceria com ronaldo bastos, olha: tu...