"Duas entidades que transcendem à humanidade do amar e ditam linha por aqui.
Teresa D’Ávila e Moema.
As duas são do século 16. Eis a questão. Elas gozaram e sofreram – não nessa ordem – do desejo e da angústia que prazeres totais causam. Sofreram porque não usaram da razão? Ou não usaram da razão porque sofreram?
Precisa ser só racional para o grande encontro com os anéis de Saturno?
Perguntas demais.
Moema é tupinambá, figura trágica e afrodisíaca, moradora do livro “Caramuru”, do frei Santa Rita Durão (1722-84). Teresa y Ahumada (1515-81), nasceu em Ávila, daí o apelido telúrico: D’Ávila. A moça viveu ondas transcendentes de amor em forma de raios e dores, chegou a descrever em livro a coisa. Enclausurou-se mas para libertar-se. O artista Bernini que o diga. Enfim.
Teresa mora aqui, porque ela também confirma nossa ideia sobre existir o amor no movimento para. Amor é o que flui.
Olhem, a uva não é o vinho. Ele surge quando a gente pisa. Qualquer pessoa vai sofrer se tentar fazer vinho pisando nelas sozinho. Precisa mais de um. Não tenho metáfora melhor, vai essa mesmo. Pisar as uvas. (...)"
trecho -- letra líquida (ed viseu) --
carlos h carneiro
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