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Mostrando postagens de novembro, 2025

última aula novembro 2025

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          " viver é melhor que sonhar " (belchior)       " mesmo que eu mande em garrafas mensagens. .." (bosco)              " deixa a vida me levar " (pagodinho)                                                        [ cachoeira é simbólica nesse contexto -- adorei ]                                                           sim, terminei. desde 1986, lá no colégio graphos (s j do rio pardo), até aqui, 39 anos e xis meses dentro de escolas, entre campinas, valinhos, bragança paulista, mogi-mirim, mogi-gaçu, itapira, espírito santo do pinhal, mococa, americana e rio pardo. não nessa ordem. ufa.  a energia continua, acho, ...

fábula do livro falante

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  hoje, o livro nem me esperou levantar:  saltou da estante, sentou na ponta da mesa, soltou: “ vamos falar do que você está adiando? ” tinha um xicrona de café, na outra ponta da mesa, ela tremeu. fiz cara de quem procura açúcar e não acha. o livro riu — e livro que ri é pior do que gente que te conhece bem. " você escreve sobre todo mundo, menos de você. " afastei mais a xícara. tenho medo de virar best seller, logo no primeiro capítulo e ganhar o nobel, respondi, irônico. " precisa admitir que tem medo é do capítulo seguinte. " livros às vezes exageram, mas nunca mentem.

vestibular fuvest 2026 afronta geração que não lê

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  o exame vestibular da usp -- fuvest 2026 -- neste novembro, 2025, colocou diante de estudantes uma avaliação coerente, contudo, recheada de leituras longas, exigindo paciência, racionalidade e -- principalmente -- experiência de leitura para desvendar alternativa correta. havia, no exame de linguagens, comparações entre leituras ("opúsculo humanitário" e "memórias de martha", por exemplo), também ponderações sobre história da educação no século 19, visão de mundo do possível femininsmo da época, tudo dentro de textos, não em emojis ou memes. tomara eu esteja errado e todo mundo tenha adorado enunaciados longos, tomara. a segunda fase do vestibular da usp acontece neste dezembro e os livros continuarão aparecendo. aqui, não destaco apenas três, quatro enunciados longos, dentro da prova, mas a exigência também da leitura integral das obras sugeridas. livros como "opúsculo humanitário", "as meninas" ou "caminho de pedras" são leituras de...

maria bonita e a borboleta

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                     [maria de déa - 1910-38 - maria bonita, diferente das outras] hoje acordei com uma angústia do tamanho de um mosquito. inútil e inesquecível. aqui da minha bancada vejo, pela janela, bem-te-vis, pombo, gaviões e uma borboleta insolente no vai-e-vem da brisa, insistindo em viver solta sem rumo certo. maria bonita, do livro "uma história de amor e balas" (wagner), saiu da estante, me encarou, perguntando por que eu gostava tanto de fazer drama do lado de dentro da janela. é a borboleta, respondi. o que é que tem? -  continuou ela, passando o facão pra outra mão. ela voa parece que tá sem rumo, diferente das outras.  e por que isso dá angústia? eu queria ter esse luxo também.

modinha - beatriz milhazes

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  [ modinha, 2007 ] arte contemporânea. arte intensa. visual também. é tão intensa que dá pra ouvir.  é "modinha" o nome da obra. a ideia do nome nos remete a estilo musical, por aqui, pelos séculos 18, 19. impossível, não lembrar taiguara, em "se eu pudesse ser menino eu roubava essa rosa..." -- trecho de sua "modinha" (sergio bittencourt). mais versos revelam outra proximidade com a obra de beatriz:    E o meu verso em pedaços   Só querendo o teu perdão   Eu me perco nos teus passos   E me encontro na canção            [ s. bittencourt & taiguara ] olhem, o abstracionismo é a tônica da peça de beatriz e, lidos os versos da canção "modinha", é uma tentação ligá-los a esta "modinha" da artista. sim, os círculos podem remeter a flores, pensei nisso. flores em pedaços, versos em pedaços porque há alguma tristeza, uma necessidade de reconhecimento por parte da pessoa a quem se oferecem rosas. por isso que essa "modinha" d...

merda de artista

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  [ p manzoni, 1961 - 4,8 cm x 6,0 cm ] piero manzon i, italiano, nasceu em 1933 e faleceu em 63. é dele esta obra singular e escatológica: cocô em lata. merda que ele mesmo produziu, lá em 1961. foram cerca de 90 latinhas com este conteúdo cheio de signficado e odor. entre maio e junho de 2015, essa merda esteve em são paulo, no mam. eu não fui.  a arte contemporânea, quando entrava na segunda metade do século 20, produziu tanto polêmica quanto obras de arte. há quem não goste, eu entendo. há quem nem considere essa coisa uma arte. mas, justamente, na linha da obra "fonte" -- duchamp, 1917 -- manzoni faz o que faz. na verdade, todos fazemos, desde sempre, mas o italiano foi o primeiro que botou a coisa em latinhas para expor e vender. em 2016, uma dessas saiu por 276 mil euros. mais de um milhão de reais. cagada de ouro...  pois é... teve gente que já comprou. teve gente que comprou e abriu. teve quem nem precisasse abrir, porque, com o tempo, elas explodiam, dada a ques...

fase fálica

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  "fálico" é termo que veio do grego e, aqui, é o adjetivo para "falo", e significa pênis. objetos que sugerem o formato do  órgão genital masculino são símbolos fálicos... marcas de poder masculino, tóxico ou não; pode ser uma espada, bengala, a torre eiffel, uma caminhonete cabine dupla, guarda-chuva, caneta... muitas vezes, essa fase fálica... ah, deixa pra lá.