hoje, 2025, vou pela casa dos 60 pra 61 anos. é muito, se pensar no que vive um ser humano, no braisl. bem pouco para obra literária, principalmente de luís fernando veríssimo. essa sim, vai durar mais do que eu.
vale uma lembrança: em 1982, eu estava no ensno médio e tive nas mãos "o analista de bagé", contos deste veríssimo. ainda o tenho, como vêem na foto acima. olhem, foi a primeira e última vez que dei muita gargalhada lendo livro. muita. os textos de rubem braga também divertem. juó bananere, oswald ou mesmo alguma prosa do drummond. até "o cão sem plumas" do allen me divertiu. mas não como "o analista de bagé". depois dele, nunca mais gargalhei com literatura.
na verdade, apesar da fama do brasileiro ser piadista, o caso da literatura é de uma seriedade ímpar. poucos se atrveram a entrar no universo da graça, da piada. vejam: martins pena; gil vicente; oswald de andrade, campos de carvalho e mais um ou dois, além de luís fernando, fizeram publicações nessa linha do humor. contando, não dá sete escritores, em tantos anos, desde pero vaz. é quase nada. nossa literatura, lavada de cristandade, filha das tradições lusas é densa, trágica, sarcástica e, às vezes, bem profunda. mas quase nada com leveza e humor. daí essa impotância de luis fernando.
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