coloquei, aqui, dois textos como uma coletânea para você, estudante, se basear e desenvolver uma redação argumentativa: pode ser artigo de opinião, crônica argumentativa ou a clássica redação modo-enem, modo-fuvest etc.
os textos são estes abaixo, basta clicar, ler e voltar aqui
o que é importante desenvolver se encontrar proposta que exiga uma argumentação e ainda peça soluções para questão do racismo.
primeiro: diferença entre racismo estrutural e institucional.
- racismo estrutural: sociedade cresceu baseada na ideia de que o negro é inferior ao branco (também vale para comunidades indígenas)
- racismo institucional: prática de segregação feita por instituições que se sustentaram no racismo estrutural; por exemplo: empresas que simplesmente não contratam negros; publicidade de produtos apenas com modelos brancos etc
vamos à redação argumentativa 1. crie uma tese, sua, a respeito; por exemplo:
- racismo institucional se combate na escola e na infância -
2. argumentos que defendam a tese
(usei tópicos pra ficar objetivo / desenvolva parágrafo para cada item)
- com estudantes, promover podcast sobre o tema; mostra cultural contendo o assunto "negritude" e "raízes" da identidade brasileira
- documentário "amarelo", de emicida (toda escola)
- manual antirracista de djamila (qualquer idade) - livro
- niketche, paulina (ensino médio) - livro
- black power de akin, kiusam (fundamental 2) - livro
estes itens acima, quando desenvolver seu texto, devem reforçar a ideia de que através do debate, na escola, aumenta-se a chance do indívíduo crescer com clareza a respeito das diferenças sociais, étnicas, no país.
lembrar que no modo enem, antes da conclusão é preciso apresentar proposta de solução para o que foi dado no tema. sendo assim, reforce a necessidade de um chamamento de toda a comunidade (família, vizinhança etc) para dentro da escola, durante atividades a respeito do racismo.
3. conclusão: reforço da tese, ou seja, através da educação e a vivência de toda a comunidade junto à escola, será possível minimizar e acabar com racismo estrutural e, consequentemente, o institucional
Desejo uma fotografia como esta — o senhor vê? — como esta: em que para sempre me ria como um vestido de eterna festa.
Como tenho a testa sombria, derrame luz na minha testa. Deixe esta ruga, que me empresta um certo ar de sabedoria.
Não meta fundos de floresta nem de arbitrária fantasia... Não... Neste espaço que ainda resta, ponha uma cadeira vazia. [ Vaga Música, 1942 ]
poema sobre passagem de tempo e a possibilidade de assumir a solidão. assumir ou constatar, simplesmente. eis aí uma doença que aflige dez entre dez pessoas sensíveis. sempre.
o eu do texto quer -- na fotografia -- imagem que seja alegre; quer uma foto como a que está mostrando ao fotógrafo: nela, há alegria.
com rimas de uma sonoridade ímpar, "encomenda" traz influência do simbolismo, à medida que o lirismo é a sua maior caracterítica, ou seja, a expressão em primeira pessoa, a exposição de emoção, aqui, sem exageros. pois se houvesse, seria romântico. a primeira estrofe beira a singeleza e o clichê. depois, vem o clima sombrio, a constatação de uma ausência. repare: versos de oito sílabas poéticas, octassílabos: raridade.
o eu lírico dispensa lugares comuns na fotografia, como cenários artificiais ou fantasia aleatória. o que se quer é imagem que expõe o invisível através da cadeira. sobra, ao final, a saudade, representada por essa cadeira vazia. pode ser a saudade de alguém distante ou -- como já se disse -- a constatação da solidão do próprio eu lírico. ia escrever "constatação da depressão", mas desisti.
milly lacombe, mais uma vez, deixando claro o mundo atual:
"Vera Magalhães virou alvo da violência Bolsonarista. Não são lobos solitários que investem contra o corpo e a dignidade da jornalista. São agentes bem orientados por um tipo de lógica de morte que há mais de quatro anos controla esse país em todos os níveis. O Bolsonarismo precisa da violência de gênero como um vampiro precisa de sangue. Esse é um dos pilares que estruturam a sociedade que bolsonaristas querem erguer (...) Nesse projeto de sociedade, florestas viram pó, corrupção está liberada (chamam rachadinha que é para não assustar), pessoas negras não apitam muito, LGBTQs podem morrer porque não fazem falta. Nessa sociedade, a lógica é miliciana do começo ao fim. Vera Magalhães foi escolhida por essa turma covarde para virar, literal e simbolicamente, o rosto do inimigo (...)" [ portal UOL ]
olhem, esse atual governo (2019-22) já causou muita trinca na vida brasileira, muita vergonha em que tem mais de um neurônio, por isso, esse tipo de governança precisa acabar. precisa acabar não porque seja uma opinião minha, mas é defesa de humanidade.
vejam que mesmo vera magalhães, em passado recente, fez deboche da violência sofrida pela ex-ministra damares, além destilar escárnio sobre a visita de lula ao velório de sua então esposa marisa. claro, nada justifica a violência por ela sofrida. registro isso pra que se tenha ideia do estado de horror e violência em que nos encontramos.
o que fazer: não se deixar contaminar pelo discurso de ódio; não compactuar com quem faz campanha pelo armamento de civis; valorizar o debate sobre atualidades, nas escolas; divulgar ações a respeito do meio ambiente, a respeito da democracia; apoiar candidatos de partidos que são a favor da educação e respeito à diversidade... juro, não é difícil.
vejam, a questão não é votar no fulano, na fulana, mas sim saber a qual plataforma pertencem... porque são os princípios do partido que valem na hora de votar ou barrar projetos, nas assembleias estaduais e na federal, em brasília. então, sabendo qual é a plataforma (partido) do candididato ou candidata fica simples perceber se vale a pena ou não apoiar.
Mas é claro que o sol Vai voltar amanhã Mais uma vez, eu sei Escuridão já vi pior De endoidecer gente sã Espera que o sol já vem
Tem gente que está do mesmo lado que você Mas deveria estar do lado de lá Tem gente que machuca os outros Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente Veja a nossa vida como está Mas eu sei que um dia a gente aprende Se você quiser alguém em quem confiar Confie em si mesmo Quem acredita sempre alcança Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena Acreditar no sonho que se tem Ou que seus planos nunca vão dar certo Ou que você nunca vai ser alguém Tem gente que machuca os outros Tem gente que não sabe amar Mas eu sei que um dia a gente aprende Se você quiser alguém em quem confiar Confie em si mesmo Quem acredita sempre alcança
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a canção da banda legião urbana saiu em 1987.
época difícil, após ditadura militar (1964-85), com inflação galopante e praticamente nenhuma chance de melhora. nesse sentido, "mais uma vez" tem apelo esperançoso, quase singelo, não fosse o "confie em si mesmo" que destoa da doçura em volta, ou seja, anuncia que poderá vir o sol amanhã, poderá a vida melhorar, mas na contramão de clichês de autoajuda, não será de uma energia vinda do espaço ou do amor entre as gentes, mas da confiança em si próprio.
muitas vezes me senti assim, tendo esperanças... e, por incrível que pareça, quanto mais velho, mais cético fico em relação a pessoas. quem quer que seja. confiar apenas em si é o básico mesmo. o pior é que sei lidar pouco com isso. pouco ou nada. sobram ansiedade e frustração. é o sinal dos tempos. pode ser a depressão, mais uma vez.
carlos henrique carneiro, natural ribeirão preto, sp
- nasce no hospital são francisco, dezembro de 1964
1966: ano internacional do arroz - com quase dois anos, já come
1967: morre guimarães rosa -- não fica sabendo
1972: entra na primeira série, ensino fundamental -- chamado de "grupo escolar". escola "guimarães júnior". professora: noêmia
1982: escreve crônicas e poemas enquanto estudante de ensino médio. chega a publicar poesias, "poeta em construção", edição do autor, como se vê na foto.
ainda 1982, participa de movimento civil contra o fim de um parque, na cidade de ribeirão preto. houve uma vigília, no local, com dezenas de outras pessoas, maioria estudante. coordenação de eduardo dos santos, professor no ensino médio.
por conta disso, vira personagem de livro, aos dezessete anos. o "deus me livre", de luiz puntel. com direito a caricatura e nome de verdade. [o livro sairia em 1984]
- formação: letras, unicamp, 1984 a 88
[ aos 17 anos, personagem de "deus me livre", luiz puntel, ed ática ]
inciou profissionalmente no colégio graphos, 1986, nas cidades de são josé do rio pardo, em mococa, itapira e esp. s. pinhal, todas no estado de são paulo. professor de literatura e redação. trabalhou na rede objetivo, em campinas, mogi-mirim, mogi-gauçu e bragança paulista, tudo isso entre 1986 e 95.
foto1982 terceira série, ensino médio. a camisa é do departamento de matemática unicamp, presente do irmão renato, que lá estava fazendo este curso. aqui, com eduardo, então meu professor de química e que me deu primeiro emprego, em 1986. no meio, colega de escola, vinícius
por quase vinte anos, trabalhou no colégio visconde de porto seguro -- 1992 a 2010 (coordenador e professor), em valinhos. desde 2020, é professor de literatura e história da arte, no curso alethus, rede poliedro, valinhos. mora em campinas.
escritor:"poeta em construção", 1982; "raposa", 2004; "camões em perigo", 2015; "determinada mandioca", 2013; "literatura não autorizada", 2014; "abolição via vargas", 2021 ; "atlântida" (monólogo - não publicado), 1998; "letra líquaida", 2024 além de artigos sobre literatura no ensino médio, resenhas de obras literárias e afins, nesses últimos trinta anos.
1986/87: passa a morar com zuleika minussi, em campinas, rua antonio cezarino. casamento duraria 15 anos
1989: publica artigos aos sábados no jornal "diário do povo", campinas. 1998: junho, dia 21 -- com manuela soares --, monólogo "atlântida", escreveu e dirigiu. campinas, sp. apoio editora costa-flosi. assessoria de marcelo campos.
entre 1996 e 2003: professor convidado da pontifícia universidade católica de campinas, para cursos de extensão, na semana de letras da entidade.
entre 1993 e 2009 autor e encenador, teatro estudantil. trabalhos iniciados dentro do colégio visconde porto seguro, valinhos, ensino médio.
2003 :casado com bia balau -- quatro filhos: fabiana, carolina e felipe. cristiana chegou em 2017.
2004: palestra na casa do artista flávio de carvalho (1899-1973), a convite da prefeitura de valinhos
2004: lançamento do romance "raposa", na bienal do livro, s paulo
2005: palestra faculdade de paulínia, com o tema: gosto, valor e leitura, a convite do professor olivo bedin
2007: valinhos, abril, palestra sobre arte na galeria joão do monte -- homenagem ao artista
2007 portugal, dezembro, e firenze, janeiro 2008 - com bia balau
[ firenze, 2008, janeiro ]
[ dante alighieri com carlos carneiro, firenze ]
2011 até 2018: colégio asther, campinas. professor de literatura e, em 2018, também de história da arte. ali, conhece mariana copertino, karen davini, regina ribeiro, adriano lacerda e leonardo crevelario, dentre outros. sintonia. reencontra alexandre souza, professor de biologia que fora seu aluno, em 1989, em mogi-guaçu.
2011: passa a morar definitivamente com beatriz balau.
2011 até 2014, professor de literatura e redação, colégio julio chevalier, campinas. conhece robson orzari, gustavo pansani e silvana rett, referências.
2012, novembro, no papel, casa-se com bia balau.
2014: ganha livro e dedicatória de henrique subi:
2018 dezembro a janeiro 2019, novamente em portugal, junto a cris capoani, fabiana carneiro, bia balau e carolina balau carneiro
carlos h carneiro e carol balau carneiro
[ porto, portugal 6 janeiro]
2021 março: começa a escrever novo livro: "abolição via vargas"
2021 dezembro, dia 7, sai "abolição via vargas", ed clube de autores
2021 dezembro: está em itapuã, bahia, casa de vinícius de morais e gessy gesse, com bia balau carneiro, carol e cristiana capoani carneiro
[cris capoani carneiro, itapuã, bahia]
2022 março: rede globo -- eptv campinas -- faz matéria sobre "abolição via vargas" (vídeo abaixo)
eu, felipe, fabiana, carol e bia, dezembro 2023
[ as cachorrinhas cookie e akira ]
2024 assina com a editora viseu para um novo romance: "letra líquida"
2024 fevereiro, dia 8, aniversário de felipe rocha (foto)
[ bia, carol, felipe e fabiana ]
2024 dezembro: lançamento de "letra líquida", na padaria notre pain, valinhos
2025 janeiro: pais se transferem para casa de repouso, em são paulo
2025 julho: está em ilhabela com bia balau
[ bia, ilhabela, sp 2025]
está no canalyoutube.com/letradeletra(clica)com resenhas de artes plásticas, música brasileira e obras literárias do brasil e do mundo:mia couto, fernando pessoa, paulina chiziane, borges, cortázar, carolina de jesus, leroux, machado, clarice, mário de andrade, thiago queiroz, kiusam oliveira, ailton krenak, elliot, tom jobim, florbela espanca, di cavalcanti, eduardo galeano, cartola, valter hugo mãe, chico buarque, edgar a. poe, guimarães rosa, kafka, conceição evaristo, camões, ishiguro, emicida, mestre vitalino, eduardo kobra, katia miguel, coleridge, edson capellato, marcos siscar, alencar, adélia prado, henrique subi, augusto dos anjos, luci collin, dentre tantos outros. tem até drummond e jorge amado, acreditem.